O apertamento dentário é, na verdade, classificado como um tipo de bruxismo. Assim como o nome sugere, ele nada mais é do que o hábito de apertar involuntariamente os dentes da arcada superior com a inferior.
Esse hábito pode trazer diversas consequências ruins para os pacientes, nos dentes, o atrito gerado pode causar desgaste intenso, inflamação e necrose da polpa (problema de canal). Quando a força aplicada há o risco de fraturas dentais que se não tratadas podem causar a perda dos dentes, dependendo de sua extensão.
A movimentação intensa ainda pode afetar o posicionamento dos dentes e, caso o paciente possua implantes dentários, há risco de queda dos dentes implantados, pois esses não suportam a pressão excessiva causada pelos hábitos parafuncionais. Nos músculos, podem ser observadas dor e fadiga, além da tensão muscular, que pode desencadear episódios de dor de cabeça e enxaqueca. Na articulação temporomandibular também é afetada, podendo ocorrer dores e até desgaste ao longo do tempo.
Esse conjunto de alterações causa irritabilidade, cansaço e sensação de fadiga no paciente. Além disso, a hiperfunção dos músculos da mastigação resulta em diminuição da coordenação e, como consequência, traumas de mordida nas bochechas, lábios e língua. Desta forma, o dentista deve se atentar a todos os sintomas do paciente para que o diagnóstico seja o mais precoce possível, a fim de que danos irreversíveis sejam evitados. A análise minuciosa dos sinais e sintomas indicará ao profissional qual a forma de tratamento deve ser adotada: placas miorrelaxantes, acompanhamento psicológico, entre outros.